Com amor & com sabor

Com amor & com sabor

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Bolo de nozes vegano (com glúten)

Convencer crianças imersas em uma cultura de consumo de carne e derivados de animais que os alimentos veganos são muito gostosos  costuma ser uma tarefa árdua... Não que não gostem, mas sua exposição demasiada à alimentação industrializada e superprocessada, ao fast food, às gorduras e doces em excesso,  acabam por torná-las reticentes diante de alimentos um pouco mais saudáveis. 
Assim, para mim é sempre uma satisfação pessoal vê-las degustando e se deliciando com a culinária vegan. E isso acontece, quase que como regra, com o bolo de nozes.
Tudo começou com uma encomenda infantil: um bolo de nozes, mas que eu pudesse participar do lanche. Gostosuras e companhia, em resumo! Procurei algumas receitas tradicionais, vegetarianas e veganas na internet, fiz algumas adaptações e mesclas e, voilá (!!), ficou mesmo ótimo! Convenceu tanto o paladar infantil que costuma ser um pedido recorrente (e já  não acredito mais que seja pela companhia...).

Um alerta: com a receita é mais antiga, estou publicando com sua configuração original, com farinha de trigo. Ainda não fiz o teste, mas acredito que possa ser, sem problemas, substituída por FSG (farinha sem glúten) e/ou farinha de arroz. Quando experimentar, compartilharei!



Ingredientes
1 e 1/2 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara de nozes moídas 3/4 de xícara de açúcar
1 colher de sopa de fermento em pó
1 xícara e 1/4 de água ou leite de soja
1/2 xícara de óleo vegetal






Modo de Preparo
Peneire todos os ingredientes secos numa tigela, misturando-os.  Acrescente o óleo e, por último, a água ou leite de soja. Misture  até obter uma massa consistente e lisa. Coloque numa forma pequena untada. Leve ao forno pré-aquecido e asse, em temperatura aproximada de 180°C, por cerca de 30 minutos, ou até que o centro do bolo esteja seco. 

O bolo pode ser decorado com uma cobertura feita de leite condensado de soja, acrescido de nozes (prometo a receita em outra oportunidade).

domingo, 18 de maio de 2014

Pudim de tapioca e coco (sem glúten)

Tenho uma amiga que impõe uma curiosa (mas certamente pertinente!) condição ao consumo de doces: as calorias tem de valer a pena! Nada de sobremesas pouco gostosa ou intensas, que não dão aquela sensação de saciedade para os que são, realmente, fascinados por doces.
Não é exatamente o meu caso (prefiro, sim, os salgados), mas as vezes é bom mergulhar em sabores diferentes, e, em especial, é sempre interessante ver a reação dos não veganos diante das boas opções de sobremesas sem leite e sem ovos. Por isso, testei e submeti a avaliação a receita do pudim de tapioca e coco, que foi testada e superaprovada justamente por essa amiga doceira (e que não é vegetariana!).
Vale a pena provar!!





Ingredientes
1 lata de leite condensado de soja
1 pacote de coco ralado adoçado
1 xícara de farinha de tapioca hidratada
1 vidro de leite de coco
1 xícara de água






Modo de preparo
Misture todos os ingredientes. Leve ao fogo brando, preferencialmente em uma panela antiaderente (utilizei uma wok). Mexa até adquirir uma consistência pastosa e firme, desgrudando do fundo. Despeje em uma forma, que esteja umedecida (para poder desenformar depois). Recomendo utilização de forminhas pequenas de silicone, ficam pequenas porções individuais, fáceis de desenformar e muito bonitinhas.
Quando estiver frio, desenforme. 

O pudim pode ser consumido puro, ou com adição de alguma cobertura, como uma calda de frutas vermelhas ou de ameixa). Também pode ser enfeitado com pedaços de coco in natura (ou ralado), mergulhados em um pouco de leite condensado de soja. Fica muito bonito e gostoso!

Pão sem glúten para preparo em máquina

Tive uma máquina de pão, num passado quase remoto, quando era ainda somente vegetariana. Foi uma boa experiência, que rendeu muitos cafés e lanches com pãezinhos quentes e diferenciados. Tanto que ela teve de ser aposentada por absoluta impossibilidade de seguir trabalhando - estragou e não pôde mais ser recuperada...
Agora, me deparo novamente com uma panificadora caseira, numa condição alimentar bem mais avançada (ou restritiva, diriam alguns... :-P): vegana e sem glúten. Em casa alheia, instigada a provar a viabilidade de minhas escolhas, resolvi experimentar e desenvolver uma receita de pão vegano e sem glúten, para preparo em máquina.
Creio que terei de aderir, novamente, às máquinas de pão. Primeiro, porque com o preparo caseiro, consigo ter mais controle sobre a qualidade daquilo que irei comer. Segundo, porque os pães sem glúten que encontramos no comércio costumam ser muito caros e, algumas vezes, não são assim tão saborosos. Por fim, porque o resultado da experiência foi satisfatório e convenceu! Ótimo! Nada como um pãozinho quente (e saudável!) para acompanhar o inverno que se inicia.



Ingredientes

1,5 copo medida de água
1/3 de copo medida de óleo
1 copo medida de FSG
1 copo medida de farinha de arroz
1 copo medida de farinha de milho fina
1 pitada de sal
1 sachet de fermento biológico
1 colher de sopa de açúcar (utilizei o demerara orgânico)
2 colheres de sopa de linhaça dourada moída
1 colher de sopa de amaranto em flocos
água adicional para preparar o fermento e a liga (com a linhaça e o amaranto)

Modo de preparo 
1. Aqueça um pouco d’água, para utilizar no preparo do fermento e da liga.
2. Em um recipiente à parte, coloque água morna (cerca de meia xícara), o açúcar e o fermento biológico, aguardando alguns minutos para ativá-lo.
3. Em outro recipiente, misture a linhaça dourada moída e o amaranto a um pouco d’água (o suficiente para ficar um pouco acima da mistura, pois ela irá inchar), aguardando alguns minutos para que seja liberada a liga.
4. Na forma da máquina, coloque a água (1,5 copo medida), e óleo (1/3 de copo medida), as farinhas e o sal. Acrescente a liga, já preparada e, por último, o fermento ativado.
5. Programe a máquina para preparar o pão no ciclo básico, coloração média, tamanho intermediário.
Como a receita é experimental, talvez possa ser melhorada. O interessante foi que o pão cresceu bastante, mas no final diminuiu, o que deixou uma gostosa casquinha na forma. Mesmo assim, não houve problema para ser desenformado, e ficou, mesmo, delicioso!

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Pão de tofu, moranga e batata (sem glúten)

Quando resolvi fazer a experiência de uma dieta sem glúten, talvez a maior dificuldade tenha sido com os pães... Se em algumas redes de mercados ou lojas naturais eles já estão disponíveis, ainda é difícil encontrá-los em mercados menores e nas cidades do interior...

Por conta disso, e também pela vontade de controlar os ingredientes e criar sabores, em visita à cidade que considero natal, resolvi me aventurar na produção caseira. Sob a supervisão e constante orientação de minha mãe, cujos pães são famosos, misturei todas as farinhas sem glúten disponíveis e, mágica, o resultado foi ótimo!

O aprendizado foi o de que é possível fazer diversos tipos de pães sem glúten, com os ingredientes disponíveis. E vale adicionar temperos, ficam maravilhosos!




Ingredientes
-2 xícaras de farinha de soja
- 2 xícaras de farinha de milho em flocos
-  polvilho doce
-  farelo de soja
- 2/3 de colher de sopa de sal
- 1/2 xícara de moranga cabotiá cozida
- 100g de tofu
- 1 xícara de água
- 1 batata doce pequena
- 5 colheres de óleo (preferencialmente de milho ou arroz)
- 1 colher de sopa de açúcar
-  2 colheres de sopa de fermento biológico




Modo de preparo
Bata a moranga, o tofu e a batata com um pouco da água, em um mixer ou liquidificador.Adicione o óleo, o sal e o restante da água. Misture a farinha de milho e de soja. Coloque o açúcar e o fermento em um pouco de água quente, e adicione ao restante. Aos poucos, vá acrescentando punhados de polvilho e farinha de soja, até que adquira uma consistência firme, que permita fazer pequenos bolinhos. Recomendo que sejam feitos pãezinhos pequenos, pois eles ficam um pouco quebradiços se tiverem formato maior.
Leve ao forno pré-aquecido, em temperatura de cerca de 180 graus, por aproximadamente 40 minutos. Convém observar o processo, pois o tempo pode variar, de acordo com cada forno.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Tofupiry (sem glúten)

Quando vegetariana, sempre desejei um forno a lenha, em casa, especialmente para pizzas. O curioso  é que, quando ele veio, minha condição  já era outra: vegana e portanto, completamente afastadas dos queijos que, comumente, cobrem os saborosos discos...

Minha busca passou a ser, então, por alternativas que permitissem pizzas veganas e gostosas, não somente para mim, mas sobretudo para convencer os não veganos. E utilizar o maravilhoso forno!!!

Foi nesse movimento que descobri o tofupiry, uma espécie de tofu cremoso que faz as vezes dos requeijões, podendo não somente cobrir pizzas, mas  substituir queijos cremosos em quaisquer pratos!!! O resultado    é maravilhoso, e costuma fascinar inclusive os não iniciados. E, defumado no forno a lenha, ganha aroma e sabor peculiares.


Ingredientes

- 250 gramas de tofu
- 1/2 xícara de azeite de oliva
- 1/2 colher de sopa rasa de sal
-1 colher de sopa de suco de limão
-  1 colher de sopa de polvilho azedo
- 1 colher de sopa de água


Modo de preparo

Bata o tofu com o azeite em um mixer  ou no liquidificador. Misture a pasta, em uma panela, com o sal, o limão, o polvilho e a água, e leve ao fogo brando até adquirir consistência cremosa.

Ele pode ser utilizado nessa forma básica, ou com alguns recursos adicionais: curcuma ou açafrão são interessantes para dar uma cor mais amarelada, e outros temperos podem variar o sabor.


Pudim de tapioca com coco e ganache (sem glúten)

Há um restaurante vegano que adoro, lugar especial, pessoas com boa energia, comida maravilhosa...É  realmente uma pena que não fique na minha cidade. Ou talvez não... Quem sabe as visitas muito esporádicas despertem os sentidos, provocando uma certa ansiedade e expectativa sobre o que irei encontrar, e essa ambientação psicológica o torne ainda mais mágico...

Vivi a magia de um desses momentos há poucos dias e, curiosamente, talvez o mais surpreendente, para mim - que declaradamente prefiro os salgados aos doces - foi deliciarem com a combinação de duas sobremesas distintas, uma tapioca doce e uma espécie de creme de ganache, feita em meu prato.

Sai de lá provocada e -felizmente! - com um pote de ganache, vendido no local, firmemente resolvida a encontrar um doce que combinasse ambos os sabores.

E foi assim que  cheguei a uma espécie de pudim de tapioca, com cobertura de ganache. Provado e aprovado!


Ingredientes
- 1 vidro de leite de coco (200ml)
- 3 xícaras de água
- 2 xícaras de açúcar
-  2/3 de xícara de leite de soja em pó
- 1 pacote de coco ralado
- 1,5 xícaras de farinha de tapioca hidratada

 


- creme ganache chocolate meio amargo Melken (Harald) (entre 2 e 3 colheres de sopa)


Modo de preparo
Misture todos os ingredientes (exceto o creme ganache) , na ordem indicada acima, em uma panela. Leve ao fogo alto, mexendo até que comece a ganhar consistência. Sem parar de mexer, mude para fogo brando, mantendo a mistura assim por mais cerca de 3 minutos.
Despeje o creme em um recipiente, que esteja levemente molhado (para não grudar no fundo). Você pode fazer o doce em uma forma de pudim, se desejar (desenformando quando estiver  frio, para então aplicar a cobertura) ou colocá-lo em um recipiente que possa ser fechado (neste caso, como não será desenformado, pode-se colocar de imediato a cobertura).
Sobre o pudim desenformado ou no recipiente, aplicar uma leve cobertura de ganache, que deve estar a uma temperatura aproximada de 30 graus (conforme instrução do fabricante). No verão, não há problema, pode ser aplicado direto da embalagem (do contrário, precisa passar por banho-maria).  Se você optar por não desenformar, fica fácil, porque o pudim estará quente, então o ganache se espalha com facilidade.
Deixe esfriar e, depois, coloque na geladeira (ou, se preferir, no congelador).

*** SUGESTÃO:  coma gelado Ficou maravilhoso depois de levado ao congelador por algumas horas!!!




sábado, 25 de janeiro de 2014

Guacamole com nachos (sem glúten)


A receita não será de nachos com guacamole porque a estrela, neste caso, será o abacate, e não as mini tortillas (neste caso, industrializadas).

O abacate nunca me seduziu muito, acostumada que fui, desde a infância, a vê-lo utilizado em uma sobremesa, uma espécie de creme com açúcar e limão (algumas vezes também com leite). Até fazer uma viagem para o Chile, onde ele é chamado de palta e, como em boa parte dos demais países sulamericanos, é consumido em versões salgadas, e não doces. E essa possibilidade, realmente, me agradou!

A palta ou agacuate é largamente utilizada, na tradição da América Espanhola, em saladas e lanches e, especialmente no México, assume uma versão saborosíssima, a chamada guacamole. Há diversas receitas de guacamole - algumas das quais incluem temperos como o coentro fresco -, mas eu prefiro aquela mais básica. E, embora possa ser feita com qualquer abacate, o melhor resultado é obtido com o avocado, uma variedade pequena e negra que tem origem precisamente mexicana.

Ela serve especialmente como acompanhamento para tortillas e nachos (que, recomendo, sejam feitos com farinha de milho, portanto sem glúten), mas também fazem bonito com saladas ou outros tipos de biscoitinhos ou pães.

Na receita que apresentarei, até mesmo porque nunca tentei fazer nachos (embora isso esteja nos meus planos, sim!), recomendo a utilização do Doritos no sabor original (tortilha de milho branco). Embora eu não seja uma entusiasta dos alimentos industrializados - muito pelo contrário - fato é que o produto em questão torna o lanche mais prático e, no sabor indicado, não contém os aditivos químicos presentes nos outros sabores. Consta, na embalagem, que seus ingredientes são milho branco, óleos vegetais e sal (uma versão mais natureba do salgadinho, portanto...).  Só um lembrete: embora seja feito de milho, que é naturalmente isento de glúten, o Doritos pode ter traços da proteína, pois é produzido em equipamentos que processam alimentos que a contém (de modo que não é recomendado para celíacos).

Ingredientes
- 3 abacates da variedade avocado ou 1 abacate grande (devem estar maduros, o que pode ser verificado com o toque - macios ao serem apertados)
- 1/2 cebola pequena
- 1 tomate médio
- suco de 1 limão taithi (mas pode ser também de outra variedade, como galego ou comum)
- sal a gosto
- pimenta a gosto

Modo de preparo
Esmague os abacates com um garfo. Pique a cebola e o tomate em pedaços pequenos. Misture-os e acrescente o suco de limão, o sal e, se desejar, a pimenta (pode também ser feito sem ela). Sirva acompanhando os nachos.







Massa de arroz ao leite de coco (sem glúten)

Massas costumam ser a comida mais amigável para aqueles que, como eu, não são lá muito chegados à cozinha... Alguns poucos minutos, um molhinho qualquer e...  Pronto, ninguém irá morrer de fome!

O interessante, porém, é que, com certo cuidado, seleção mais apurada de ingredientes e alguma criatividade, o pratinho básico pode virar uma verdadeira maravilha!

Pois então... A partir do momento em que resolvi retirar o glúten de minha alimentação, começou uma busca por novos ingredientes e produtos, e uma das que mais me surpreendeu foi justamente a massa. A massa tradicional é feita a partir do trigo, que contém glúten, e as alternativas que encontrei são feitas à base de milho e arroz. Ambas muito gostosas, mas a que mais assemelha à de trigo, no sabor, é a de arroz. Ah, falo aqui das massas de arroz em formato convencional, e não das utilizadas na culinária japonesa (mais fininhas, que também são ótimas, mas não para receitas como a que estou propondo).

A massa ao leite de coco continua sendo um prato rápido e fácil (podendo ser facilmente utilizado em situações que demandam refeições de urgência), e foi descoberta meio ao acaso, diante de meu deslumbramento com o leite de coco e a inexistência de outros ingredientes para enriquecer o molho, certa feita. O resultado foi muito bem aceito, inclusive por crianças - o que para mim é uma garantia de que a generalidade das pessoas irá gostar! E, como tudo que estou propondo, admite variações!


Ingredientes
- um pacote de 500 gramas de massa de arroz (formato convencional)
- uma latinha de tomates pelados
- uma latinha (300 ml) de leite de coco
- azeite de oliva
- sal a gosto
- temperos a gosto (pode ser feita sem temperos, mas eu gosto de acrescentar alguns, como manjericão e páprica)




Modo de preparo
Prepare a massa, conforme indicação na embalagem, com um pouco de sal. Pronta, retire a água e acrescente os tomates pelados picados, o azeite de oliva (recomendo cerca de 4 colheres de sopa, mas  fica à escolha de cada um), o leite de coco, o sal a gosto e, se desejar, os temperos. Mantenha no fogo por alguns minutos, para aquecer o molho (que não é previamente preparado) - não precisa ficar muito tempo, não há necessidade de cozinhar muito o tomate, o legal mesmo é que seja só aquecido.



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

MINI CHUCHUS ASSADOS - CHURRASCO VEGANO

Minha condição de gaúcha e vegetariana sempre causou estranheza. Como assim, uma gaúcha que não come carne? E os famosos churrascos?
Pois bem... De fato, sou filha da terra onde mais se consome carne no Brasil e, mais, onde os assados são culturalmente identificadores da história de um povo. Nada disso, porém, me demove do estilo vegano. Se bem respeito as tradições e escolhas alimentares das pessoas - porque considero a tolerância um dos maiores valores humanos -, espero também ser compreendida em minhas opções (que expressam, no fundo, respeito e reconhecimento por todos os seres).
A despeito disso, adaptações foram necessárias. Mesmo não curtindo o ritual dos churrascos, parte significativa dos amigos e família segue religiosamente a churrasqueira tradição sulina e, assim, tivemos, todos, de aprender a fazer churrascos veganos. Muitos tipos de vegetais - e mesmo tofú temperado - foram assados, e cada descoberta revelava um sabor inusitado: o toque defumado modifica e acrescenta em relação aos assados de forno.
E esse movimento dos vegetais à churrasqueira foi divertido e importante para demarcar um espaço de honra para esse tipo de alimentação, mesmo para os não vegetarianos.
No início, eram poucos os legumes que seriam assados, destinados exclusivamente para mim, a estranha gaúcha vegetariana. As pessoas normalmente riam e faziam piadas com o churrasco vegano. Pronto o assado, porém, provavam e se deliciavam. Resultado: eu acabava ficando sem comida!! Hoje, os vegetais se multiplicaram na churrasqueira e o público aguarda ansiosamente a comida vegana, sempre interessado nos novos ensaios.
A dica, então, é a de colocar no fogo tudo que lhe parecer interessante! Um dos últimos experimentos foi com mini chuchus, que ficaram fantásticos!
O chuchu costuma ter aquela fama de não ter gosto de nada, mas assados eles se revelam! Vale provar!



Ingredientes
- mini chuchus
- sal
- azeite de oliva
- manjericão fresco ou outro tempero de sua preferência (como alecrim, por exemplo)


Modo de preparo
Espete os mini chuchus em um espeto fino, ou os coloque em uma grelha. Leve à churrasqueira, com o fogo previamente preparado (brasa). Asse-os até que fiquem tostadinhos. Retire-os e tempere com o sal, o azeite e o manjericão.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Pastinha de Tofu

O tofu (em japonês 豆腐, tōfu) - também chamado queijo de soja - é um dos ingredientes mais fantásticos da culinária vegan. Pode ser a base de vários pratos, doces ou salgados, adicionar diferentes níveis de consistência  e cremosidade e, sim, pode ser mesmo o próprio prato principal!

O problema e que ele e absolutamente incompreendido pelos não iniciados,  que esperam encontrar uma espécie de ricota, o que e totalmente equivocado. Não, o tofu não é uma ricota ou queijo, de modo que não adianta buscar nele um substituto de sabor para esses derivados lácteos. E, exceto quanto aqueles já previamente temperados, o tofu  na verdade não tem, quando não preparado, muito gosto. E esse e justamente seu mérito: você emprestara a ele o sabor de sua preferência! Tudo, na culinária, penso - e não só a vegan -, diz respeito aos temperos que adicionamos, que refletem, por exemplo, nossa situação geográfica, cultural e, assim, o modo como nossas preferências foram sendo construídas.

A pastinha de tofu, na minha opinião, é uma  das alternativas mais rápidas, divertidas e gostosas, e admite muitas combinações, dependendo  da destinação. Eu gosto da básica, somente com tofu, sal e azeite de oliva, como mistura para usar com pães no café da manhã. Mas ela também pode ser bem temperada, para acompanhar snacks, por exemplo com manjericão, pimenta, cenoura, tomates secos, azeitonas, e mesmo com combinações de elementos.

O resultado pode se modificar de acordo com o tipo de tofu, pois há variação em sua firmeza, de modo que algumas pastas podem ter a textura similar a de uma maionese, e outras ficarem mais próximas de um creme de ricota.

A receita, aqui, é a básica, mas, como já disse, você pode combiná-la com os vegetais e temperos que desejar, e é isso que irá enriquecê-la!

Ingredientes
- 150 gramas de tofu
- 1 pitada de sal
- 4 colheres de sopa de azeite de oliva
- um pouco de água (se o tofú for muito firme).


Modo de preparo
Em um mixer, misture o tofu, o sal e o azeite, e bata até atingir uma consistência cremosa. Se o tofu for muito duro, acrescente um pouco de água, para permitir atingir a textura de pastinha.
Se a mistura for incluir outro ingrediente, acrescentando volume (por exemplo, cenoura), adicione um pouco mais de água e/ou azeite e, a seu gosto, sal.
Uma alternativa interessante, para variar a textura, e fazer a pastinha somente com esmagamento do tofu, que fica melhor se feito à mão, dispensando o mixer. Nesse caso, o acréscimo de outros ingredientes exige que eles sejam previamente picadinhos.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Moqueca de Frutas

Dia desses, fui a um restaurante com proposta natural, porém não vegetariano. Sempre me assusta um pouco esse tipo de incursão, pois geralmente meu cardápio fica muitíssimo limitado... Mas, no caso, tive uma grata e saborosíssima surpresa: fui apresentada a uma maravilhosa moqueca de frutas!

Em casa, dediquei-me a buscar sua reprodução. Acabei descobrindo que, com leite de coco e  óleo de dendê, muitas combinações de frutas e legumes ficam fantásticas! Apresento aqui, portanto, uma versão, que pode ser modificada ao gosto do freguês. Eu, particularmente, prefiro as frutas mais consistentes, mas naquela primeira moqueca que comi havia, por exemplo, mamão. Há quem goste de acrescentar pimentão, o que, embora eu ache bonito, dispenso.  Enfim, cada um pode exercitar sua criatividade!!



Ingredientes
- uma manga
- duas maçãs
- dois pêssegos
- duas bananas pequenas
- meio abacaxi
- duas cenouras, cortadas em cubinhos pequenos
- duas batatas inglesas (ou batata-salsa, ou inhame, ou cará), cortada em cubinhos pequenos 
- sal a gosto
- um vidro de 250 ml de leite de coco
- meio vidro pequeno de óleo de dendê
- um pouco de óleo de arroz para refogar a cebola
- uma cebola média 
- temperinho verde (salsinha e cebolinha)
- pimenta a gosto

Modo de preparo
O ideal é que o prato seja feito em panela de barro. 
Refogue a cebola em um pouco de óleo de arroz.  Acrescente os cubinhos de batata e de cenoura, e deixe cozinhar por alguns minutos. Após, acrescente as frutas picadas, o óleo de dendê e o leite de coco, deixando cozinhar por mais alguns minutos. Coloque o sal e, se desejar, também a pimenta. O tempo de cozimento é determinado pela consistência da batata.  Ao final do cozimento, adicione um punhado de temperinho verde.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Pão de Mandiokejo (pão de queijo vegan, sem glúten)

Um dos produtos mais interessantes que encontrei nos últimos tempos foi o Mandiokejo, uma mistura à base de vegetais, que substitui formidavelmente o queijo em lasanhas e pizzas, preparada com a mistura do pó à água e óleo.
Pois encontrei, há pouco, uma receita de pão de queijo vegano, feito com sua utilização. Não é a única - há outras igualmente maravilhosas -, mas começarei com ela!


Ingredientes
- 2 xícaras de mandiokejo em pó (sem preparar)
- 1 e 1/2 xícara de polvilho azedo
- 1 xícara de polvilho azedo
- 1 xícara de polvilho doce
- 2 colheres de sopa de orégano (tempero seco)
- 3/4 de xícara de óleo de girassol
- 2 xícaras de água (ou até dar o ponto).


Modo de preparo
Misture os ingredientes secos.
Adicione o óleo e uma xícara de água, misturando a massa com as  mãos, aos poucos colocando o restante da água, até dar o ponto (consistência homogênea, sem grudar na mãos).
Asse em forno médio, preaquecido por aproximadamente 40 minutos. 


Cupcakes de laranja veganos sem glúten

O desafio era convencer as colegas e amigas sobre a possibilidade de um lanchinho gostoso e vegano - um doce saboroso, sem leite, ovos e, mais, sem glúten! Vegetariana há vários anos, vegana também já há tempos, ultimamente tenho me dedicado à experimentação da alimentação sem esse tipo de proteína e, sinceramente, tenho me sentido muito bem. As cobaias, não sei se por educação, condescendência ou realmente por puro deleite, dizem ter aprovado! A receita original continha farinha de trigo, que foi substituída por uma FSG (farinha sem glúten).

Ingredientes da massa
- 1 xícara de FSG (farinha sem glúten) AMINA
- meia xícara de açúcar demerara orgânico
- 1/4 xícara de óleo de arroz ou milho (prefiro não usar o óleo de soja, que tem um gosto muito marcante)
- raspas das cascas de 2 laranjas
- meia xícara de suco de laranja morno
- 1 colher de fermento químico (para bolo).

Modo de preparo dos cupcakes
Misture a FSG, o açúcar, o óleo e as raspas de laranja.
Adicione o suco de laranja aos poucos, até que a massa atinja uma consistência cremosa.
Misture o fermento à massa, despejando-a nas forminhas para cupcake (encha até cerca de meio centímetro abaixo da borda). Não utilizei forminhas de papel, mas de metal.
Leve ao forno, que já deve ter sido ligado um pouco antes, no mínimo. Os bolinhos devem permanecer por cerca de 15 minutos.


Ingredientes da cobertura
-  meia xícara de açúcar
- 1/4 de xícara de leite de soja

Modo de preparo da cobertura e finalização dos cupcakes
Leve os ingredientes ao fogo e deixe ferver por1 ou 2 minutos.
Cubra delicadamente os cupcakes já desenformados e enfeite jcom raspas de laranja ou lâminas de castanhas do Pará, imediatamente após cobrir com o glacê.